terça-feira, 27 de março de 2012
MUTIRÃO DA PREFEITURA E DE ONGS ACOLHE 183 MORADORES DE RUA
Deste total, 25 aceitaram ajuda para tratamento de
dependência química (álcool e drogas) e estão internados na Casa de Eurípedes
ou na Vida Nova
A Prefeitura de Goiânia e as organizações da
sociedade civil que participaram do Mutirão da Acolhida, realizado das 16 horas
do dia 23 às 16 horas do dia 25, na Praça da Matriz, em Campinas, divulgaram
nesta segunda-feira balanço que aponta o atendimento a 183 moradores de rua.
Deste total, 25 aceitaram ajuda para tratamento de dependência química (álcool
e drogas) e estão internados na Casa de Eurípedes ou na Vida Nova.
"Esse resultado mostra o sucesso da inciativa. Essa é a primeira vez que
município e sociedade civil se organizam para formar um vínculo com esta faixa
da população e convencê-los a aceitar ajuda para a recuperação. Esse é um
trabalho de longo prazo e ao longo do ano faremos novos eventos com essa visão
para tirar as pessoas da rua e combater o uso de drogas", assinala o
secretário de Assistência Social, Darci Accorsi.
Durante as 48 horas do Mutirão da Acolhida, mais de 200 profissionais e
voluntários de 12 órgãos municipais e 19 organizações não-governamentais (ONG)
estiveram na Praça da Matriz em regime de plantão acolhendo, orientando e
informando os moradores de rua sobre os projetos sociais do Governo Municipal e
da sociedade civil voltados para este público. O atendimento aos 183 moradores
de rua resultou na adoção de 915 procedimentos para atendimento da demanda tais
como: escuta psicossocial, banho, alimentação, corte de cabelo, emissão de
carteira de trabalho, lan house social, atendimento médico, encaminhamento para
comunidades terapêuticas para tratamento de dependência química, grupos de
autoajuda, núcleo de orientação familiar e lazer comunitário.
Dados
De acordo com as fichas cadastrais dos moradores de rua, do total de 183, 67%
eram homens e 33% mulheres. A maior reivindicação foi o retorno à cidade de
origem, já que 40% se declararam moradores do Entorno de Goiânia e de outros
municípios de Goiás; 30% disseram ser oriundos de outros Estados da Federação,
principalmente do Norte e do Nordeste. Os 30% restantes afirmaram ter vínculos
familiares em Goiânia.
Do total de pessoas atendidas, 30% disseram que faziam uso abusivo de álcool e
38% reconheceram ser dependentes de maconha e outras substâncias psicoativas
(crack, cocaína, ecstasy). Além desses problemas de saúde, foram detectados
problemas de pele, pressão alta, disfunções pulmonares, doenças venéreas e
problemas oftalmológicos. Vale ressaltar, também, que, dos 183, 10% eram
pessoas em busca de orientações e encaminhamentos referentes a tratamento de
dependência química para familiares e/ou amigos.
Parceiros
Participam do Mutirão da Acolhida: Secretarias de Defesa Social (Semdef),
Assistência Social (Semas), Educação (SME), Saúde (SMS), Esporte e Lazer
(Semel), Trabalho, Agência Municipal de Trânsito (AMT), Guarda Municipal,
Assessoria Especial de Políticas para a Igualdade Racial, Assessoria da
Juventude, Companhia Municipal de Urbanização (Comurg), Coordenação dos
Mutirões e conselhos tutelares das regiões Noroeste, Norte, Leste, Centro Sul,
Campinas e Oeste.
As entidades parceiras foram: Idtech, Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente (CMDCA); Hospital Espírita Casa de Eurípides;
Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), Universidade Federal de
Goiás (UFG); Lar Mãe Zeferina, Conselho Municipal de Assistência Social;
Associação Beneficente Manancial; Pastoral de Rua Padres Redentoristas; Centro
de Recuperação de Alcoólatras (Cerea); Comunidade Espírita Ramatis; Associação
Movimento Amor Exigente (Amae); Centro de Educação Meninos e Meninas (Cecom);
Programa Maçonaria Contra as Drogas à Favor da Vida (Goeg); Grupo AJA; Casa de
Recuperação Novo Nascimento; Projeto
Emanuel Recuperando Vidas e Rede Pela Paz.
Autor: Malu Pires e Wagner Beltrão
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