segunda-feira, 8 de abril de 2013

Reunião cria grupo para encaminhar as demandas das mulheres da Guarda Municipal de Goiânia

Grupo de GMFs presentes a reunião
A reunião que aconteceu na última sexta-feira(05), com mais de trinta guardas municipais femininas, serviu para a criação de um grupo que pretende discutir uma série de demandas que dizem respeito a presença das mulheres na Guarda Municipal. A iniciativa partiu das GMFs Selígia e Yana.

Presente na instituição de Goiânia desde 1993, as mulheres ainda enfrentam discriminação, preconceitos e tratamento desigual em seus postos de trabalho. Assim como em outros órgãos, mesmo as mulheres tendo comprovadamente, mais tempo de escolaridade e a mesma formação que os homens, elas não são tratadas de forma igual nesses espaços. Na Guarda Municipal de Goiânia não é diferente. De acordo com levantamento feito, às vésperas de completarem 20 anos na casa, nenhuma mulher chegou a função de inspetora. Além disso, é comum elas sofrerem assédios morais, quando colegas se sentem ameaçados com a presença delas. Essas e mais uma série de situações enfrentadas pelas guardas municipais femininas foram levantadas e devidamente registradas pela representante da secretária Adriana Accorsi.

Geralda Ferraz, assessora de comunicação da Semdef, na condição de representante de Adriana Accorsi, fez uma explanação nos 20 minutos iniciais da reunião, contextualizando historicamente a condição de desigualdade entre mulheres e homens também no mundo do trabalho e falou das conquistas ao longo dos anos e os desafios que as mulheres têm pela frente. Após a explanação, ouviu as Guardas Municipais Femininas e suas experiências dentro do órgão. Na reunião houve momentos, durante os depoimentos,  que o grupo se emocionou com as histórias relatadas. De acordo com as guardas municipais femininas, felizmente, existem muitos companheiros que apoiam suas lutas e juntam-se a elas. Foi destacado os mecanismos existentes hoje na esfera pública que dá garantias dos direitos das mulheres e que devem ser utilizados também pelas GMFs, como a Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, os Conselhos Municipal e Estadual da Mulher e ainda comissões como a que defende os Direitos Humanos, para que elas tenham seus direitos respeitados.

Entre os encaminhamentos ficou acertado a criação de um grupo que levantará as reivindicações e sistematizará um documento que será apresentado à secretária, em audiência. A representante de Adriana, garantiu que ela certamente se sensibilizará com a causa e será fundamental para que haja uma mudança significativa no quadro atual delineado pelas guardas municipais femininas.
Geralda Ferraz - Assessora de Comunicação da Semdef