Equipe da Semdef , Semas e Rede de Atenção |
A secretária Adriana Accorsi, que é especialista no assunto pela sua atuação, na área da infância e juventude durante mais de 8 anos, quando delegada da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente, participou do ato distribuindo panfletos e orientando as pessoas que passavam pelo local.
Elton Magalhães - comandante da GM GM Daniel - regente da banda de música e Adriana Accorsi - Secretária da Semdef |
A banda de música da Guarda Municipal participou do evento, apresentando um repertório de músicas que agradou aqueles que passavam pelo local, fazendo uma pausa para ouvir as músicas e receber orientações. Os Guardas Municipais também estiveram presentes colaborando com o policiamento preventivo.
Quem são as vítimas e como identificá-las:
Dados do Serviço de Proteção e Atenção Especializa a Famílias e Indivíduos (Paefi) - Semas, mostram que no ano de 2012, foram atendidas 125 crianças e adolescentes vítimas de abuso e exploração sexual infantojuvenil, sendo 117 por abuso sexual e oito por exploração sexual. Ainda de acordo com o quantitativo, a maioria dos abusos sexuais ocorreu entre o sexo feminino - 74 meninas contra 51 meninos. As crianças de 0 a 12 anos são as maiores vítimas, contabilizando 101 atendimentos nos Creas contra 24 de adolescentes de 13 a 17 anos.
A coordenadora do Paefi, responsável pelos Creas, Benedita França, afirma que é possível perceber os sinais e sintomas das vítimas. "As crianças ou adolescentes apresentam agressividade, mudança de humor, raiva, perdem a confiança em pessoas adultas, ficam aterrorizadas, deprimidas e confusas, sentem medo de serem castigadas, perdem o amor próprio, têm queda de rendimento escolar e apresentam sexualidade não correspondente a sua idade. Esses sinais não garantem que os menores foram vítimas de algum tipo de violência, mas é preciso ficar atento", alerta.
Ainda segundo Benedita França, de acordo com as estatísticas, a cada dez casos registrados, em oito, o abusador é conhecido da vítima "O perfil dos autores do abuso e exploração sexual, na maioria dos casos, encontram-se no ambiente familiar, são praticados por padrastos, pais, irmãos, tios, avôs e vizinhos. É por isso que precisamos mobilizar, conscientizar e estimular a população de Goiânia para que denunciem suspeitas de abuso sexual. Só assim poderemos romper a cultura do silêncio que permeia essa violência", finalizou a coordenadora.
No dia 18 de Maio, data que marca o Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, a Semdef, Semas e SMS participarão juntas com a Rede de Atenção e o Fórum Goiano de uma mobilização dentro do Parque Mutirama. No local, será montado um estande e serão realizadas Rodas de Conversas e panfletagem com o mesmo objetivo: alertar, mobilizar, sensibilizar, informar e convocar toda a sociedade a participar da luta em defesa de crianças e adolescentes.
Texto: Geralda Ferraz e Roberta Morelli
Fotos: DJ Fox Willian