O
posicionamento do Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas-COMAD de
Goiânia, em sintonia com outros Comads de várias cidades do Brasil, contrário
ao projeto de lei que propõe a descriminalização do uso da maconha no Brasil,
baseou-se no reconhecimento do equívoco de tal projeto, na contramão da
história, pois os países da Europa que tiveram políticas permissivas quanto ao
uso de substâncias psicoativas estão revendo esta posição.
As
evidências científicas, através de inúmeras e recentes pesquisas, demonstram
que uma legislação mais permissiva aumenta o número de usuários e
consequentemente o de dependentes químicos destas substâncias psicoativas.
A maconha,
particularmente, com o uso cada vez mais precoce pelos jovens, tem seus efeitos
danosos para a saúde mental comprovados, afetando a inteligência, a memória e
sendo um fator importante de desencadeamento de surtos psicóticos, inclusive esquizofrenia
e transtorno afetivo bipolar, em pessoas susceptíveis. Foi destacada a prevalência grande de
transtornos por uso de drogas lícitas, como o álcool e o cigarro, o que poderia
acontecer com a descriminalização do uso da maconha: o aumento de seu consumo
na população, particularmente entre os adolescentes e jovens.
Os membros
do COMAD - Goiânia alertam também para a associação da maconha com o início do
uso de outras substâncias como a cocaína-crack e também o álcool, além disto,
discutiu-se o impacto deste comportamento de uso de drogas na violência com
seus índices alarmantes e crescentes.
Este tema
será pauta das próximas reuniões do conselho quando discutiremos uma ação
efetiva de esclarecimento voltada para toda a sociedade sobre o risco de tal
projeto.
Vejam neste
Blog artigos científicos e outras matérias sobre este tema. Posicione-se, envie
sua opinião e publicaremos no http://www.semdef-goiania.blogspot.com.br/
Ø
Por
Dagmar Ramos, médica especialista em medicina social e em dependência química,
Diretora Municipal de Políticas sobre Drogas – Secretaria de Defesa Social –
Prefeitura de Goiânia.