Outras sete famílias serão transferidas ainda este mês.
Entrega de casas aos moradores de áreas de risco depende de desocupação de
casas construídas pela prefeitura e que estão ocupadas indevidamente
A primeira família oriunda da Vila Romana foi
transferida hoje para o Residencial Orlando Morais, na região norte de Goiânia.
Até o final do mês, a Secretaria Municipal de Habitação (Smhab) removerá mais
sete famílias que vivem em área de alto risco no bairro da região leste da
Capital.
Os moradores que continuam na Vila Romana podem ser transferidos para
condomínios habitacionais Orlando Morais, Jardins do Cerrado e Santa Fé. A
entrega das casas à eles depende da desocupação de imóveis construídos pela
prefeitura e que estão ocupados indevidamente. Segundo estimativas da Smhab,
cerca de 5% das casas estão nesta condição.
Para agilizar a solução do impasse e beneficiar os moradores da Vila Romana,
uma equipe de fiscalização está nos empreendimentos para retirar famílias que
estão habitando os imóveis de forma irregular. "Muitos beneficiados
cederam os imóveis para outras pessoas e agora elas terão de deixar as casas
para abrigarmos várias famílias que vivem em situação de emergência em áreas de
risco", afirma o chefe de gabinete da Smhab, Ederson Saraiva.
"Só vão morar nos empreendimentos famílias que tenham sido beneficiadas no
processo de seleção da Prefeitura", completa. Ana Lúcia, mãe de seis
filhos, deixou o barracão em que vivia há mais de 10 anos para receber a nova
moradia. Para ela, é a realização de um sonho. "Só de saber que estou indo
pra um lugar seguro, fico feliz. Lá a água não vai entrar em minha casa",
conta a dona de casa.
Os moradores da vila sofrem com o período chuvoso, pois moram próximo ao
Córrego Palmito que transborda nesta época e coloca em risco a vida das
famílias que há mais de 15 anos vivem no local. Segundo laudo da Defesa Civil,
oito casas foram condenadas por oferecerem alto risco de desabamento. Por isso,
a Smhab decidiu antecipar a remoção.
"Resolvemos antecipar a transferência das famílias que vivem nesta área de
risco, por conta das muitas chuvas. No cronograma estava previsto para outubro,
só que eles não podiam continuar aqui", diz Ederson. Os beneficiados pelo
Programa Prioritário de Investimento (PPI) vão morar em imóveis de dois
quartos, sala e cozinha conjugada, banheiro e área de serviço, feitos em
alvenaria e com telhas de barro.
Cada uma das habitações tem 40,80 metros quadrados, seguindo a planta elaborada
pela Secretaria de Habitação. Os lotes têm, no mínimo, 225 metros quadrados. O
bairro ainda conta com posto de saúde, escola e Centro Municipal de Educação
Infantil (Cmei). Os empreendimentos foram idealizados, principalmente, para abrigarem
famílias que vivem em áreas de risco.
Autor: Thiago Vieira
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