Com
o objetivo de conhecer os programas e projetos que estão sendo desenvolvidos
pela Secretaria de Defesa Social (Semdef) técnicos do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID) se reuniram ontem na sede da Secretaria.
Segundo
Flavio Luiz Sartori, consultor do BID no Brasil, essa visita faz parte das consultas que o banco vem fazendo para
elaborar o programa de desenvolvimento sustentável para cidades emergentes da
América Latina. Goiânia foi a única cidade do Brasil escolhida pelo critério
populacional, por ter mais de 1 milhão de habitantes.
Sartori
explicou que a pauta segurança pública fez parte de um dos três eixos que
norteiam o programa do banco e foi discutida no sentido de se apresentar propostas
a médio e longo prazos que possibilite ao município prever, gerir e combater
situações advindas com o crescimento da capital.
Já
para o representante da Secretaria de Governo (Segov), Flávio Yuaca, “gostaríamos
de apresentar à cidade estratégias que visem o combate a criminalidade, para
que não cheguemos ao patamar de grandes metrópoles que já não conseguem
resolver alguns de seus problemas como a segurança pública”, afirmou.
Guarda Municipal
Quanto
à Secretaria de Defesa Social, o consultor Flávio Sartori, disse que com base
em sua experiência como ex- secretário de Segurança Pública do Estado de Minas
Gerais, não conhecia uma estrutura organizacional como a da Semdef, que abrange
com veemência as grandes áreas que tratam da prevenção e combate às drogas,
interligadas à segurança do município, através da Guarda Municipal. “Vocês estão a mil por hora, Goiânia tem nas mãos
projetos excelentes em termos de segurança. Em minhas visitas pelo país não
conheço uma guarda municipal com tamanho efetivo, se comparada à proporção das
demais forças policiais do estado, desmilitarizada e comprometida com as ações
de Policiamento Comunitário”, explicou.
Para
o Presidente Comandante da Agencia da Guarda Municipal de Goiânia (AGMG), João
Augusto França, “o grande desafio da GM Goiânia hoje é uma reestruturação
logística, pois os investimentos em monitoramento eletrônico nos prédios
públicos se fazem necessários na medida em que, com a ocorrência deste, os
recursos humanos utilizados, seriam mais bem aproveitados e muitas vezes
deslocados para fazer a segurança, tendo como meta o cuidado com a vida, o
maior bem que poderíamos ter”, pontuou.
Projetos da Semdef
As
diretoras de Integração do Sistema de Defesa Social, Rosa Helena Parreira e de
Prevenção Primária, Antônia Cavalcante, mostraram os projetos desenvolvidos
pela Semdef como a consulta popular para elaboração do Plano Municipal de
Prevenção da Violência e Promoção da Segurança Pública, realizado através das
audiências públicas nas sete regiões administrativas da Capital e os resultados
positivos do Projeto Goiânia + Segura, desenvolvido na região noroeste da
capital. “Vale ressaltar que nossas
atividades envolvem a Guarda Municipal no trabalho preventivo e comunitário,
bom exemplo disso é o Teatro de fantoches, que visita as escolas municipais
para discutir com nossas crianças de maneira lúdica a problemática da Drogadição
e a segurança local”, explica Antônia Cavalcante.
Sistema de Videomonitoramento
Outra
proposta apresentada durante a reunião foi o projeto de videomonitoramento que
se encontra em desenvolvimento pela Semdef.
A chefe da Divisão do Observatório de Violência e Segurança e do
Monitoramento Eletrônico, Débora Christina Brandão, afirmou que Goiânia está em
fase acelerada na execução de um projeto piloto de videomonitoramento, que
disporá de vinte câmeras que serão distribuídas no Parque Vaca Brava e no
Corredor Universitário. “A primeira fase desse projeto será executado ainda esse
ano, mas certamente existe a pretensão de amplia-lo para outras áreas da capital
e próprios públicos, que também necessitam desta tecnologia como ferramenta de
apoio no combate à criminalidade”, explicou.
Sobre
esse tema, Flávio Yuaca, destacou ser está a oportunidade de financiamento do
BID para execução de sistemas de monitoramentos que permitam a integração do
município com os órgãos que gerem segurança, trânsito e meio ambiente,
além da participação de fato entre as forças policiais e a Guarda Municipal.
Defesa Civil
Já
o Chefe da Divisão de Apoio Técnico da Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec),
Cidicley Santana, falou sobre o convênio com a Universidade Federal de Goiás,
através do Laboratório de Geografia e Física (Labogef) para fazer o levantamento
do mapa das áreas de risco existentes no município.
Cidicley
afirma ainda que de acordo com levantamento municipal realizado pela SEPLAN em
1992, Goiânia contava com 40 áreas de risco catalogadas, índice que teve
crescimento acelerado, chegando hoje há 247 áreas nessa situação. “Além das
parcerias, estamos buscando investimentos para capacitação e aquisição de
equipamentos primordiais no desempenho do nosso trabalho. Estamos em fase de
aprovação para captação de recursos junto a Agência Nacional de Petróleo, ANP,
que trata do desencadeamento de ações de fiscalizações às revendas de gás
liquefeito de petróleo (GLP)”, acrescentou.
Também
participaram da reunião a socióloga e Consultora do Banco Mundial, Samanta
Natenzon; Rose Mary Pinto, Chefe de Gabinete da Semdef e o Diretor do Centro de
Formação, Estudos e Aperfeiçoamento da Guarda Municipal (CEFEA), Weder Kenedy
Reis.
Autor: Wagner Beltrão
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