Pela terceira vez, desde que foi criado, o grupo de Guardas Civis Metropolitanas Femininas - GCMFs reuniu-se, hoje(18), à tarde, no Centro de Formação da Guarda Civil Metropolitana, com a secretária Adriana Accorsi para apresentar avaliação das reivindicações e conquistas alcançadas na atual gestão.
De acordo com as GCMFs, desde a criação do grupo, em meados de abril deste ano, quando apresentaram as reivindicações para a secretária Adriana Accorsi, o comportamento dentro da Guarda Civil Metropolitana - GCM está diferente. Percebe-se que há um cuidado maior por parte dos colegas homens, no trato com as colegas mulheres, no sentido de não incorrerem em deslizes, e em assédio moral. O fato da secretária dar visibilidade às mulheres dentro da GCM, é outro dado positivo. Além das mudanças de comportamento, pode-se elencar como conquistas as nomeações de subinspetoras para a GCM; a inserção da disciplina Direitos Humanos nos cursos de formação continuada da Guarda, abrangendo as temáticas de gênero e de grupos sociais vulneráveis, os cursos de defesa pessoal para mulheres e a exclusão de item que restringia a participação e admissão de mulheres na GCM, no Plano de Cargos e Salários.
As GCMFs acreditam que com as mudanças anunciadas recentemente pelo comandante da GCM, Elton Magalhães, e, o consequente remanejamento de comandos regionais, colaborarão para que o trabalho seja pautado na competência e não somente no critério sexo para os cargos de chefia. Dentre as reivindicações ratificadas pelas GCMFs estão a criação de um atendimento psicossocial, flexibilização do uso do uniforme operacional e administrativo, a nomeação de mais subinspetoras nas regionais, postos administrativos e demais locais de trabalho da GCM, e a aprovação de leis que garantam a continuidade das políticas de equidade de gênero, para que não fiquem restringidas ao compromisso da atual gestão.
Segundo a Guarda Civil Metropolitana Feminina Yara, que está a aproximadamente 20 anos na Instituição, em muitos momentos pensou seriamente em sair da GCM, uma vez que, devido a grande maioria da GCM ser composta por homens, a cultura machista prevalecia e as mulheres acabavam sendo preteridas nos seus espaços de trabalho, sofrendo com o assédio moral não só dos chefes, mas também dos colegas homens. Yara, disse durante a reunião estar emocionada, e acreditar que com o apoio recebido da secretária Adriana Accorsi, as GCMFs terão um outro tratamento e serão valorizadas pela sua competência.
Texto: Geralda Ferraz
Foto:GCM
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